CÃO BRAVO
Naquela casa tinha uma placa
De cuidado com o cão bravo
Mas depois algumas desavenças entre vizinhos
Descobriu-se que o cão não era de nada
E que quem mordia mesmo era o seu dono.
O VENTO E O AVARENTO
Tem o vento
Tem o avarento
O vento carrega tudo
O avarento guarda tudo
O vento sopra
Fraco
Médio
Forte
Já o avarento assopra
Sempre forte
Quando é para economizar vela.
Tuesday, December 20, 2011
Monday, December 05, 2011
Poeminha: Imundície
Eu sei que há bons políticos
Mas eles são tão poucos
Quando chegam no castelo
O sistema os engole
É como jogar uma linda rosa
Num tonel de bosta
Seu perfume e beleza
Somem ante tanta imundície.
Mas eles são tão poucos
Quando chegam no castelo
O sistema os engole
É como jogar uma linda rosa
Num tonel de bosta
Seu perfume e beleza
Somem ante tanta imundície.
Sunday, November 20, 2011
O cão
Não creio no cão
Mas se existe o dito
Anda ele trepado num palco
Empunhando um microfone
Contando lorotas
E assustando com o fogo infernal
Uma multidão de coelhinhos sem discernimento.
Mas se existe o dito
Anda ele trepado num palco
Empunhando um microfone
Contando lorotas
E assustando com o fogo infernal
Uma multidão de coelhinhos sem discernimento.
Sunday, November 06, 2011
O meu bolso primeiro
Faz tempo não creio mais em políticos
Pois sai Pedro entra Paulo pouco muda
Ou se assim quiser podemos dizer que vemos apenas alguma mudança
No perfil dos outrora porcos magros.
Pois sai Pedro entra Paulo pouco muda
Ou se assim quiser podemos dizer que vemos apenas alguma mudança
No perfil dos outrora porcos magros.
Meus sonhos
Tenho sonhos seguidos
E todos eles terminam do mesmo jeito
Eu caindo da cama.
E todos eles terminam do mesmo jeito
Eu caindo da cama.
Wednesday, November 02, 2011
A vida do ídolo
O ídolo olha pela janela do hotel
Na rua embaixo centenas gritam seu nome
Acenam e suspiram
Ele é quase um Deus
Mas o ídolo adorado
Nadando em dinheiro e fama
Mas sem ter paz
Aspira pelo nariz
O pó branco perigoso
Nesta busca incessante
Tentando encontrar nele algo que a vida não lhe deu.
Na rua embaixo centenas gritam seu nome
Acenam e suspiram
Ele é quase um Deus
Mas o ídolo adorado
Nadando em dinheiro e fama
Mas sem ter paz
Aspira pelo nariz
O pó branco perigoso
Nesta busca incessante
Tentando encontrar nele algo que a vida não lhe deu.
Wednesday, October 19, 2011
Cãozinho machucado
Como é triste ver um cãozinho
Tentando andar com uma perna quebrada
Ergue-se valente e volta a tombar
Olhando às gentes com seus olhos tristes
Mas ainda bem que em meio aos indiferentes
Há sempre um coração bondoso que o acolhe
E aplaca seu sofrimento.
Tentando andar com uma perna quebrada
Ergue-se valente e volta a tombar
Olhando às gentes com seus olhos tristes
Mas ainda bem que em meio aos indiferentes
Há sempre um coração bondoso que o acolhe
E aplaca seu sofrimento.
Inconformado
Meu pensar é denso e
Carregado de indignações
A depressão montada no desalento
Cerca o meu dia turbulento
Mas não me entrego de jeito nenhum
Pois nasci assim
Meio doce meio amargo
Eternamente inconformado com a ignorância.
Carregado de indignações
A depressão montada no desalento
Cerca o meu dia turbulento
Mas não me entrego de jeito nenhum
Pois nasci assim
Meio doce meio amargo
Eternamente inconformado com a ignorância.
Wednesday, October 05, 2011
Que paraíso?
Garganteiam nos palanques midiáticos
Que vivemos num paraíso
Mentiras deslavadas de mentirosos contumazes
Que há muito perderam suas vergonhas
Pois certo é que num paraíso
Não se veria nenhuma mãe
Implorando por hospitais
Que atendam seu filho.
Que vivemos num paraíso
Mentiras deslavadas de mentirosos contumazes
Que há muito perderam suas vergonhas
Pois certo é que num paraíso
Não se veria nenhuma mãe
Implorando por hospitais
Que atendam seu filho.
Quem diria
Não te conheço mais
Ou na verdade nunca te conheci
Amigo não és
Talvez apenas um colega
Pois percebo agora
Que teu amor ao dinheiro é maior que nossa amizade
Mas gostaria de saber
Se na hora da dor
Vais chorar no ombro de um maço de notas de cem?
Ou na verdade nunca te conheci
Amigo não és
Talvez apenas um colega
Pois percebo agora
Que teu amor ao dinheiro é maior que nossa amizade
Mas gostaria de saber
Se na hora da dor
Vais chorar no ombro de um maço de notas de cem?
Thursday, September 22, 2011
Remorsos
Quando lembro que cometi maldades
O remorso me apunhala
Mas não posso parar para lamentar
O mal foi feito e não há volta
Posso sim fazer o bem em dobro
Pra sentir a dor sossegar um pouco.
O remorso me apunhala
Mas não posso parar para lamentar
O mal foi feito e não há volta
Posso sim fazer o bem em dobro
Pra sentir a dor sossegar um pouco.
Incógnita
Até quando viverei?
O nosso tempo de vida é uma incógnita
Sendo assim nada resta senão amar muito.
O nosso tempo de vida é uma incógnita
Sendo assim nada resta senão amar muito.
Avarento
O avarento constrói seu castelo
Para se esconder do mundo
Passa dia e noite
Só pensando na fortuna que aumenta
E quanto mais cresce sua riqueza
Na mesma proporção ele fica mais só
Os parentes alhures anseiam por sua morte
Antes que o dinheiro fique mofado.
Para se esconder do mundo
Passa dia e noite
Só pensando na fortuna que aumenta
E quanto mais cresce sua riqueza
Na mesma proporção ele fica mais só
Os parentes alhures anseiam por sua morte
Antes que o dinheiro fique mofado.
Desencanto
Ando sempre buscando novas motivações
Subtraindo alguns desejos
Buscando novas fontes de alegria
Pois muitas de outrora
Perderam sua graça
Não há mais encanto
Perdeu o brilho e o romantismo
O esporte das multidões.
Subtraindo alguns desejos
Buscando novas fontes de alegria
Pois muitas de outrora
Perderam sua graça
Não há mais encanto
Perdeu o brilho e o romantismo
O esporte das multidões.
Monday, September 05, 2011
Miniconto- A Cirurgia
Depois da cirurgia cerebral ele se encontra deitado na cama de ferro, imóvel sobre alvos lençóis. De hora em hora uma enfermeira vem para ver como ele se encontra.Observa sua pressão e sai.Na parede ,solitário, um quadro da Santa Ceia faz companhia ao homem que dorme sedado.Sobre o criado mudo não há nada,nem mesmo um copo ou uma revista qualquer.O soro desce em lentas gotas e o rosto do enfermo aos poucos ganha cor.Lá fora, entre nuvens, aparecem pedaços do azul do céu.No canto esquerdo do quatro está largado um pequeno sofá marrom,que aguarda para acolher uma visita qualquer.Já faz quatro horas que a operação foi realizada; o homem abre os olhos e se mexe um pouco.A enfermeira chega,ele pede- “Onde estou?”Ela fazendo um olhar de mãe diz que ele está no Hospital Samaritano,sofreu uma cirurgia para extirpar um pequeno tumor no cérebro e que correu tudo bem.-“Tudo bem,nada,diz ele.Sou encanador,vim até aqui apenas para consertar um vazamento,resvalei e acabei caindo no banheiro.Nunca tive tumor algum,salvo minha mulher.E agora me acontece isso?”
Tuesday, August 30, 2011
Violência
A violência está nas ruas
Nas escolas e sobrados
Nas praças e restaurantes
Dentro dos lares
Dizem são culpados
Cinema televisão pobreza
Mas será?
Não seriam mais culpados os pais omissos
A força das drogas
A cultura da impunidade?
Nas escolas e sobrados
Nas praças e restaurantes
Dentro dos lares
Dizem são culpados
Cinema televisão pobreza
Mas será?
Não seriam mais culpados os pais omissos
A força das drogas
A cultura da impunidade?
Friday, August 26, 2011
Razão
A razão da vida?
A vida em si já é a razão
Não é preciso mais.
A vida em si já é a razão
Não é preciso mais.
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