Sunday, December 26, 2010

Poesia polonesa- Entre tantas tarefas

Entre tantas tarefas
tão urgentes
esqueci que
também preciso morrer

leviano
descuidei dessa obrigação
ou só a cumpri
negligentemente

a partir de amanhã
tudo muda

começo a morrer com cuidado
com sapiência otimismo
sem perda de tempo.

Tadeusz Rózewicz-Tradução Marcelo Paiva de Souza
"Morrer de amor é se acabar em lágrimas de tanta saudade."

Tuesday, December 21, 2010

Calor

O calor faz suar rios que deslizam pelo corpo quente.
Não há vento,não há fria água que acalme
O sangue que ferve.
Pedras de gelo morrem em poucos minutos.
Os abanos manuais não fazem diferença,é o inferno na terra.
Quando o sufoco já é demais,a energia retorna
E com ela religa-se o climatizador.
Que invenção divina!

Mário Quintana- Ah!Os relógios

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Fernando Sabino-Frases

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

"Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um."

"Antes de mais nada fica estabelecido que ninguém vai tirar meu bom humor."

"O DURO OFÍCIO DE ESCRITOR
“Para mim, o ato de escrever é muito difícil e penoso, tenho sempre de corrigir e reescrever várias vezes. Basta dizer, como exemplo, que escrevi 1.100 páginas datilografadas para fazer um romance, no qual aproveitei pouco mais de 300.”

Saturday, December 18, 2010

Relançamento do livro Os três mosqueteiros

RIO - Quase todo mundo já ouviu falar dos Três Mosqueteiros: eles eram quatro, usavam capa e espada, lutavam pelo rei da França e seu lema, de um romantismo a toda prova, era o (ainda) popular "um por todos, todos por um". Já o número de pessoas que de fato leram a história original de Alexandre Dumas (1802-1870) é bem menor. O escritor, tradutor e crítico literário Rodrigo Lacerda está entre esses leitores: conheceu Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan aos 12 anos numa edição de banca da Editora Abril, de capa vermelha, publicada nos anos 70. Hoje, aos 41 anos e pai de uma adolescente de 15, percebe um certo desconhecimento entre os jovens acerca dos clássicos juvenis. Daí seu orgulho indisfarçável com o lançamento da edição ilustrada de "Os três mosqueteiros" (688 páginas, R$ 69), com apresentação, tradução e notas assinadas por ele e por André Telles, e que é uma das principais apostas da editora Zahar para este Natal.

- Algumas histórias são tão difundidas que transcendem a categoria da literatura. É o caso de clássicos como os "Mosqueteiros", "Moby Dick", "O médico e o monstro": você não precisa ter lido para saber do que se trata. Eles fazem parte do imaginário coletivo, passam a integrar a língua, a cultura, viram mitos culturais - diz Lacerda. - Porém, ler esses livros também é importante. E notei que eles deram uma sumida das livrarias, em algum momento dos anos 90.
O Globo

Thursday, December 16, 2010

Você sabe o que é clepsidra?

A clepsidra ou relógio de água foi um dos primeiros sistemas criados pelo homem para medir o tempo. Trata-se de um dispositivo movido a água, que funciona por gravidade, no mesmo princípio da ampulheta (de areia).

Poesia Polonesa- Ao rio

Ao Rio
Ó rio-clepsidra de água metáfora da eternidade
entro em ti cada vez tão diferente
que poderia ser nuvem peixe ou rocha
e tu és imutável como o relógio que marca
as metamorfoses do corpo e as quedas do espírito
a lenta decomposição dos tecidos e do amor

eu nascido do barro
quero ser teu aluno
e conhecer a fonte o coração olímpico
ó tocha fresca coluna cantante
rochedo da minha fé e do desespero

ensina-me ó rio a ser teimoso e persistente
para que mereça na última hora
repouso na sombra do delta imenso
no sagrado triângulo do princípio e do fim.
Tradução de Ana Cristina César e Grazyna Drabik

O autor mais vendido na Europa em 2010- Stieg Larsson

Stieg Larsson (Skelleftehamn, Suécia, 15 de agosto de 1954 - 9 de novembro de 2004) foi um jornalista e escritor sueco.

Em 2004, aos cinquenta anos, pouco após entregar aos seus editores os manuscritos da Trilogia Millennium, morreu vítima de um ataque cardíaco. Tragicamente, não viveu para assistir ao fenômeno mundial em que a sua obra se tornou.

Em 2008, ele foi o segundo autor mais vendido no mundo, atrás do autor Afegão-Americano Khaled Hosseini.[1]
WIKI

Os livros mais vendidos na Europa em 2010

Livros de Stieg Larsson mais vendidos na Europa em 2010

Os livros da Trilogia Millennium («Os Homens que Odeiam As Mulheres», «A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina» e «Um Fósforo e A Rainha no Palácio das Correntes de Ar»), de Stieg Larsson e editados em Portugal pela Oceanos, foram os que mais venderam na Europa em 2010, assegura o site www.bookseller.com.

O site levantou os números dos livros mais vendidos no Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Suécia e chegou a conclusão de que as três obras de Stieg Larsson, que não usufruiu do seu êxito já que faleceu pouco depois de os entregar à sua editora sueca, superaram o norte-americano Dan Brown, que ficou na segunda posição. A lista conta ainda com nomesm como Ken Follet, Stephenie Meyer e Tatiana de Rosnay.

De referir que a Oceanos acabou de disponibilizar os livros da trilogia numa só caixa.
Fonte-Diário Digital

Tuesday, December 14, 2010

Poesia Sérvia - Águas de Fada

Aqui a cidade deposita
os seus corpos cheios de sujeira,cestos,sacos pretos
Aqui os girassóis de cada ano
esmagam-se num óleo ruivo qualquer
Aqui eu também leproso
filho de ninguém irmão de ninguém
da terra de ninguém coluna negra
nasci pela segunda vez
Aqui atrás de mim
feito incontáveis mães
saltitam corvos
Aqui crescerei
com uma grande cruz sobre a cabeça
Aqui encontrarei a minha amada
beldade de cabelos de arame e vidro
Aqui o cordeiro vagueia.
Nóvitsa Taditch

Monday, December 13, 2010

Você já leu?- Criação,de Gore Vidal

Sinopse

Reconstrução uma das épocas mais turbulentas e fascinantes da história da humanidade, o século V a.C., período em que se conceberam idéias filosóficas, sociais e políticas que mudaram o curso do mundo antigo. O protagonista de 'Criação' é Ciro, neto do profeta Zoroastro, que viaja como embaixador para além das fronteiras da Pérsia à procura de riqueza e, sobretudo, de respostas às perguntas acerca da criação e da origem do mundo. Autor: VIDAL, GORE
Tradutor: GOLDMAN, NEWTON
Editora: NOVA FRONTEIRA-
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA

Dores dezembrinas

Uma dor que não é física me aperta o peito no décimo segundo mês do ano.
Um sentimento que não toma forma me assombra dias e noites.
Se eu ainda soubesse o motivo desta dor
Poderia quem sabe buscar ajuda e consolo em algum lugar.
Mas ela me aflige, dá uma tristeza sem trégua e o remédio para ela eu não tenho
Pois veio assim do nada e comigo ficou.
Quem sabe ela irá embora quando dezembro passar?

Saturday, December 11, 2010

Li,gostei e recomendo- Eu, Malika Oufkir, Prisioneira Do Rei

Jamais li nada parecido em matéria de crueldade contra inocentes.
Sinopse

Best-seller na Europa, esta é a história de Malika Oufkir. Filha de um general marroquino, aos cinco anos ela foi adotada pelo rei Mohammed V e criada como uma princesa. Um dia, porém, seu verdadeiro pai foi acusado de tramar um golpe de Estado e a desgraça caiu sobre a família Oufkir. Sua mãe e seis de seus irmãos foram aprisionados, o que deu início ao que Malika e a jornalista francesa Michèle Fitoussi descrevem no livro como uma fuga desesperada para a vida.
Fonte- Livraria Cultura

Friday, December 10, 2010

Você já leu? - O Vermelho e o Negro - Sthendal

O VERMELHO E O NEGRO - Resumo estendido
M. de Rênal, o prefeito da cidadezinha provinciana de Verrières, contrata JULIEN SOREL para ser o tutor de seus filhos. JULIEN é apenas o filho de um carpinteiro mas sonha seguir os passos de seu herói, Napoleão.

Todavia, nesta época, os homens ganham o poder é na igreja (o negro), e não mais no exército (o vermelho).

Mesmo que esteja treinando para sacerdote, JULIEN decide seduzir a mulher do prefeito, Mme. de Rênal, porque pensa ser o seu dever. Eles se tornam amantes, porém, M. Valenod, o adversário político do prefeito, descobre o caso e começa a espalhar rumores.

M. de Rênal sente-se profundamente embaraçado, mas sua mulher o convence que os rumores são falsos. M. Chélan, o padre da cidade e mentor de JULIEN, o envia ao seminário de Besançon para evitar quaisquer escândalos posteriores.

O diretor do seminário, M. Pirard, gosta de JULIEN e o encoraja a se tornar um grande sacerdote. JULIEN se dá bem no seminário mas somente porque quer fazer fortuna e obter êxito na sociedade francesa. Os outros padres do seminário não percebem a hipocrisia de JULIEN, mas sentem ciúme de sua inteligência. M. Pirard está desgostoso com a política da Igreja e renuncia.

O seu benfeitor aristocrático, o Marquês de la Mole, quer que Pirard seja o seu secretário pessoal em Paris, mas M. Pirard diz-lhe que contrate JULIEN em seu lugar.

JULIEN sente-se repelido e interessado pela sociedade parisiense simultaneamente. Ele tenta se ajustar entre os nobres mas estes o tratam como inferior socialmente. Porém, a filha do Marquês, Mathilde, apaixona-se por JULIEN e eles se tornam amantes. Quando Mathilde engravida e conta a o Marquês acerca do seu caso, este fica furioso, mas logo enobrece JULIEN para que Mathilde o possa desposar. JULIEN, finalmente, tem o título aristocrático que sempre quisera para assegurar seu futuro.

Mas, Mme. de Rênal, sentindo-se culpada por essa aliança ímpia, manda ao Marquês uma carta denunciando JULIEN como mulherengo interessado apenas em fazer sua própria fortuna. Então, o Marquês se recusa a deixar sua filha casar com JULIEN, o qual retorna a Verrières, furioso, onde tenta matar Mme. De Rênal; é preso, sentenciado à morte, e morre dando-se conta que seu amor era de Rênal. Esta, logo após a morte de JULIEN na guilhotina, morre com o coração partido.
Fonte: Recanto das Letras

Poesia argentina- A Chuva

Tradução: Renato Suttana


A tarde bruscamente se aclarou,
porque já cai a chuva minuciosa.
Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
que o passado por certo freqüentou.

Quem a escuta cair já recobrou
o tempo em que a fortuna venturosa
uma flor lhe mostrou chamada rosa
e a cor bizarra do que cor tomou.

Esta chuva que treme sobre os vidros
alegrará nuns arrabaldes idos
as negras uvas de uma parra em horto

que não existe mais. A umedecida
tarde me traz a voz, a voz querida
de meu pai que retorna e não é morto.

JORGE LUIS BORGES (1899-1986) - Argentino, um dos mais prestigiosos escritores da América hispânica. Antes conhecido por suas ficções do que pela poesia, embora se incluam neste gênero seus primeiros livros: Fervor de Buenos Aires, Luna de Enfrente, Cuaderno San Martín. O poema traduzido pertence a El Otro, el Mismo.

                                     (Extraído do JIRAU DIVERSO, blog de Enzo Carlo Barroco)

Wednesday, December 08, 2010

Trecho de Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas?, de Sherry Argov

- DE CAPACHO A MULHER DOS SONHOS CONHEÇA SEU PRÓPRIO VALOR E ELE A VALORIZARÁ
"Sex appeal é 50% o que você tem e 50% o que as pessoas acham que você tem."
SOPHIA LOREN
DEIXE-ME APRESENTÁ-LA À MULHER BOAZINHA

Todas nós conhecemos uma mulher boazinha. É aquela que se entrega por completo a um homem que mal conhece, sem que ele tenha que investir muito. É a mulher que se dá cegamente porque anseia receber de volta a mesma atenção. É a mulher que age de acordo com o que ela acha que o homem gosta ou deseja porque quer manter o relacionamento a qualquer custo. Toda mulher, em algum momento, já passou por isso.
É verdade que as revistas femininas, em geral, estimulam esse comportamento: "Comece bancando a difícil. Mas no segundo encontro prepare uma refeição dos deuses para ele, crie um ambiente romântico com música suave, champanhe em copos de cristal e luz de velas... Não se esqueça dos guardanapos bordados e dos morangos orgânicos daquela loja maravilhosa a duas horas da sua casa. Depois, sirva tudo usando uma camisola de renda preta." Essa é uma receita perfeita para quê? Para um desastre.

Tuesday, December 07, 2010

Poesia Sérvia- A vida é sonho

Não sou há tempos,nem na horizontal
Nem na vertical e você também não.
Nunca jamais existimos.Levantei vôo
No delgado galho,sem mover-me
Do lugar,nada aconteceu e também
Nada foi percebido.Você desapareceu 
Antes de nascer,feito pálida noiva,  
Nem boa nem má,sem face e sem solo, 
Que nada tem,nem vigor maior,   
A vida é um sonho em que os sonhos se esvaem 
Antes mesmo que a insônia se encrespe.

Simon Simónovitch-(1946-)
21.10.2003

Sunday, December 05, 2010

Nossa casa,nossa prisão

Altos muros nos cercam.
Portões  enormes nos isolam das ruas.
Câmeras de vigilância,fios elétricos e seguranças uniformizados nos guardam.
Temos também cães ferozes que até nos assustam.
Vivemos ou não numa prisão?

Trecho de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch -PARTE ll

Os historiadores já fizeram retratos bem diversos dos índios brasileiros. Nos primeiros relatos, os nativos eram seres incivilizados, quase animais que precisaram ser domesticados ou derrotados. Uma visão oposta se propagou no século 19, com o indianismo romântico, que retratou os nativos como bons selvagens donos de uma moral intangível. Parte dessa visão continuou no século 20. Historiadores como Florestan Fernandes, que em 1952 escreveu A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá , montaram relatos onde a cultura indígena original e pura teria sido destruída pelos gananciosos e cruéis conquistadores europeus.

Os índios que ficaram para essa história foram os bravos e corajosos que lutaram contra os portugueses. Quando eram derrotados e entravam para a sociedade colonial, saíam dos livros. Apesar de tentar dar mais valor à cultura indígena, os textos continuaram encarando os índios como coisas, seres passivos que não tiveram outra opção senão lutar contra os portugueses ou se submeter a eles. Surgiu assim o discurso tradicional que até hoje alimenta o conhecimento popular e aulas da escola. Esse discurso nos faz acreditar que os nativos da América viviam em harmonia entre si e em equilíbrio com a natureza até os portugueses chegarem, travarem guerras eternas e destruírem plantas, animais, pessoas e culturas.

Na última década, a história mudou outra vez. Uma nova leva de estudos, que ainda não se popularizou, toma a cultura indígena não como um valor cristalizado. Sem negar as caçadas que os índios sofreram, os pesquisadores mostraram que eles não foram só vítimas indefesas. A colonização foi marcada também por escolhas e preferências dos índios, que os portugueses, em número muito menor e precisando de segurança para instalar suas colônias, diversas vezes acataram. Muitos índios foram amigos dos brancos, aliados em guerras, vizinhos que se misturaram até virar a população brasileira de hoje. "Os índios transformaram-se mais do que foram transformados", afirma a historiadora Maria Regina Celestino de Almeida na tese Os Índios Aldeados no Rio de Janeiro Colonial , de 2000. As festas e bebedeiras de índios e brancos mostram que não houve só tragédias e conflitos durante aquele choque das civilizações. Em pleno período colonial, muitos índios deviam achar bem chato viver nas tribos ou nas aldeias dos padres. Queriam mesmo era ficar com os brancos, misturar-se a eles e desfrutar das novidades que traziam.

O contato das duas culturas merece um retrato ainda mais distinto, até grandiloquente. Quando europeus e ameríndios se reencontraram, em praias do Caribe e do Nordeste brasileiro, romperam um isolamento das migrações humanas que completava 50 mil anos. É verdade que o impacto não foi leve – tanto tempo de separação provocou epidemias e choques culturais. Mas eles aconteceram para os dois lados e não apagam uma verdade essencial: aquele encontro foi um dos episódios mais extraordinários da história do povoamento do ser humano sobre a Terra, com vantagens e descobertas sensacionais tanto para os europeus quanto para centenas de nações indígenas que viviam na América. Um novo ponto de vista sobre esse episódio surge quando se analisa alguns fatos esquecidos da história de índios e portugueses.

Saturday, December 04, 2010

Trecho de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch

Em 1646, os jesuítas que tentavam evangelizar os índios no Rio de Janeiro tinham um problema. As aldeias onde moravam com os nativos ficavam perto de engenhos que produziam vinhos e aguardente. Bêbados, os índios tiravam o sono dos padres. Numa carta de 25 de julho daquele ano, Francisco Carneiro, o reitor do colégio jesuíta, reclamou que o álcool provocava "ofensas a Deus, adultérios, doenças, brigas, ferimentos, mortes" e ainda fazia o pessoal faltar às missas. Para acabar com a indisciplina, os missionários decidiram mudar três aldeias para um lugar mais longe, de modo que não ficasse tão fácil passar ali no engenho e tomar umas. Não deu certo. Foi só os índios e os colonos ficarem sabendo da decisão para se revoltarem juntos. Botaram fogo nas choupanas dos padres, que imediatamente desistiram da mudança.

Os anos passaram e o problema continuou. Mais de um século depois, em 1755, o novo reitor se dizia contrariado com os índios por causa do "gosto que neles reina de viver entre os brancos". Era comum fugirem para as vilas e os engenhos, onde não precisavam obedecer a tantas regras. O reitor escreveu a um colega dizendo que eles "se recolhem nas casas dos brancos a título de os servir; mas verdadeiramente para viver a sua vontade e sem coação darem-se mais livremente aos seus costumados vícios". O contrário também acontecia. Nas primeiras décadas do Brasil, tantos portugueses iam fazer festa nas aldeias que os representantes do reino português ficaram preocupados. Enquanto tentavam fazer os índios viver como cristãos, viam os cristãos vestidos como índios, com várias mulheres e participando de festas no meio das tribos. Foi preciso editar leis para conter a convivência nas aldeias. Em 1583, por exemplo, o conselho municipal de São Paulo proibiu os colonos de participar de festas dos índios e "beber e dançar segundo seu costume".

Os livros mais vendidos- Veja

Os mais vendidos/ 08 dezembro 2010


FICÇÃONÃO-FICÇÃO AUTOAJUDA E ESOTERISMO
 1
A Cabana
William Young [1 | 115] SEXTANTE
 1
1822
Laurentino Gomes [1 | 13] NOVA FRONTEIRA
 1
Ágape
Padre Marcelo Rossi [1 | 16]
GLOBO
 2
Querido John
Nicholas Sparks [2 | 32] NOVO CONCEITO
 2
Comer, Rezar, Amar
Elizabeth Gilbert [2 | 137] OBJETIVA
 2
51 Atitudes Essenciais para
Vencer na Vida e na Carreira

Carlos Hilsdorf [7 | 2]
CLIO EDITORA
 3
O Semeador de Ideias
Augusto Cury [0 | 1] ACADEMIA DE INTELIGÊNCIA
 3
1808
Laurentino Gomes
[4 | 131#]
PLANETA
 3
Por que os Homens Amam
as Mulheres Poderosas?

Sherry Argov [2 | 68#]
SEXTANTE
 4
A Última Música
Nicholas Sparks [2 | 36] NOVO CONCEITO
 4
Vida
Keith Richards [6 | 2]
GLOBO
 4
Mentes Brilhantes,
Mentes Treinadas

Augusto Cury [6 | 24]
ACADEMIA DE INTELIGÊNCIA
 5
O Milagre
Nicholas Sparks [5 | 2] AGIR
 5
Comprometida
Elizabeth Gilbert [3 | 16] OBJETIVA
 5
O Monge e o Executivo
James Hunter [4 | 300#]
SEXTANTE
 6
O Símbolo Perdido
Dan Brown [0 | #43] SEXTANTE
 6
Bilionários por Acaso
Ben Mezrich [7 | 6] INTRÍNSECA
 6
Os Segredos
da Mente Milionária

T. Harv Eker [3 | 129#]
SEXTANTE
 7
Queimada
P.C. Cast e Kristin
Cast [0 | 1]
NOVO SÉCULO
 7
Conversas
que Tive Comigo

Nelson Mandela [8 | 2] ROCCO
 7
Nosso Lar
Francisco Cândido
Xavier [5 | 30#]
FEB
 8
O Último Olimpiano
Rick Riordan [8 | 16] INTRÍNSECA
 8
Não Há Silêncio
que Não Termine

Ingrid Betancourt [5 | 10] COMPANHIA
DAS LETRAS
 8
O Efeito Sombra
Deepak Chopra, Marianne Williamson, Debbie Ford
[8 | 25]
LUA DE PAPEL
 9
Depois da Escuridão
Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe [7 | 4]
RECORD
 9
Guia Politicamente Incorreto da História
do Brasil

Leandro Narloch [9 | 48] LEYA BRASIL
 9
O que Realmente Importa?
Anderson Cavalcante
[0 | 9#]
GENTE
 10
O Ladrão de Raios
Rick Riordan [0 | 31#] INTRÍNSECA
 10
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
[0 | 103#] FONTANAR
 10
12 Meses para Enriquecer
Marcos Silvestre [9 | 3]
LUA DE PAPEL
 11
A Pirâmide Vermelha
Rick Riordan
INTRÍNSECA
 11
Ricardo Amaral Apresenta Vaudeville - Memorias
Ricardo Amaral
LEYA BRASIL
 11
Se Abrindo Pra Vida
Zibia Gasparetto
VIDA & CONSCIÊNCIA
 12
Queda de Gigantes
Ken Follett
SEXTANTE
 12
Justin Bieber - Uma Biografia Não Autorizada
Chas Newkey- Burden
PRUMO
 12
Eles Continuam Entre Nós - Vol. 2
Zibia Gasparetto
VIDA & CONSCIÊNCIA
 13
Diário de uma Paixão
Nicholas Sparks
NOVO CONCEITO
 13
Eu
Ricky Martin
PLANETA
 13
Quem Pensa Enriquece
Napoleon Hill
FUNDAMENTO
 14
Amanhecer
Stephenie Meyer
INTRÍNSECA
 14
Uma Breve História
do Mundo

Geoffrey Blainey
FUNDAMENTO
 14
Encontre Deus na Cabana
Randal Rauser
PLANETA
 15
A Hospedeira
Stephenie Meyer INTRÍNSECA
 15
Guinness World
Records 2011

Guinness
EDIOURO
 15
Salomão, o Homem
Mais Rico que já Existiu

Steven K. Scott
SEXTANTE
 16
Fora de Mim
Martha Medeiros
OBJETIVA
 16
Hitler
Ian Kershaw
COMPANHIA DAS LETRAS
 16
O Amor é para os Fortes
Marcelo Cezar
VIDA & CONSCIÊNCIA
 17
O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry
AGIR
 17
Mil Dias em Veneza
Marlena De Blasi
SEXTANTE
 17
Pai Rico, Pai Pobre
Robert Kiyosaki e Sharon Lechter
CAMPUS/ELSEVIER
 18
O Vendedor de Sonhos
Augusto Cury
ACADEMIA DE INTELIGÊNCIA
 18
Eu Sou Ozzy
Ozzy Osbourne
BENVIRÁ
 18
Nunca Desista de Seus Sonhos
Augusto Cury
SEXTANTE
 19
O Mar de Monstros
Rick Riordan
INTRÍNSECA
 19
O Outono
da Idade Média

Johan Huizinga
COSAC NAIFY
 19
Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal
Allan e Barbara Pease
SEXTANTE
 20
A Maldição do Titã
Rick Riordan
INTRÍNSECA
 20
Honoráveis Bandidos
Palmério Dória
GERAÇÃO
 20
Quem Me Roubou de Mim?
Fábio de Melo
CANÇÃO NOVA
[A|B#] – A] posição do livro na
semana anterior
B] há quantas semanas o livro
aparece na lista
#] semanas não consecutivas

Thursday, December 02, 2010

Um instante de lucidez

Paro na calçada para ver o funeral passar.
Penso,quem será?
Será que já viveu todos os seus sonhos?
Já amou quanto tinha que amar?
Quem está chorando por ele?
Para no calçada para ver o funeral passar.
Porém no instante seguinte já  esqueci da efemeridade da vida,
Do sopro que somos.
E lá estou de novo lidando com as mazelas da vida.

Wednesday, December 01, 2010

Automóvel

Atropelam-se como doidos!
O automóvel se tornou um instrumento da loucura coletiva que nos cerca.

Uma facilidade que nas mãos dos estúpidos
Acabou como arma assassina.

Só nos resta pedir consciência do valor da vida
 E um pouco mais de gentileza.

F UNERAL DO HOMEM EMINENTE

Quando o cortejo entrou no cemitério ele já não estava no caixão. Nele apenas jazia sua pobre carcaça fedorenta.Pairando no ar observava o lamento dos hipócritas,o choro dos aproveitadores de plantão.Verdadeiros e falsos amigos dividiam o peso do esquife,sôfregos e pesarosos.A jovem viúva fazia um enorme esforço para chorar e manter o ar de tristeza  no rosto,quando na verdade pensava  no saldo bancário e nos inúmeros imóveis do falecido marido.E foi assim que ele sorriu  ao perceber que deles estava finalmente livre.
Rindo da Vida-Nelson Luiz Pedra