VAI MARIA
Segue
agora pela rua principal da cidade o enterro da Maria Linguaruda. A família
acompanha caminhando, olhares cabisbaixos. São poucos os amigos presentes. O
padre Celso vai à frente puxando as orações. Mal o caixão adentra ao cemitério
pipoca o foguetório na praça, o chope rola. O povo comemora a viagem da finada.
Os carregadores do esquife trocam olhares com o padre esperando pela deixa. Mal
o caixão é colocado no buraco o padre sapeca:
- Vai
Maria, amém.
Ficaram no
cemitério só o avô e o coveiro. Ô sede!
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